quinta-feira, março 12

OI EMPRESA ESTA A BEIRA DO COLAPSO

25/02/2015

OI

EMPRESA ESTA A BEIRA DO COLAPSO




A notícia da grave situação da Oi é matéria de capa da Revista "Época Negócios". Numa análise fria a revista dá a receita de como derrubar uma empresa: "erros estratégicos, fusão malfeita, executivos que não param no cargo, etc." Erros estes que a Oi cometeu.

De acordo com a revista, nenhuma empresa no Brasil sofreu uma desvalorização tão brutal de suas ações. Em menos de um ano a queda no valor das ações foi de 80%. No início de 2014, os papéis da companhia valiam R$ 35,00, no final do ano caíram para R$ 8,00 e no início de 2015 chegaram a R$ 7,00. Nos últimos dois anos as ações da empresa despencaram 93%. Em 2008, as suas ações chegaram ao pico, valendo R$ 105,00, 15 vezes mais que hoje.

A crise da Oi deve ser motivo de reflexão, principalmente por parte daqueles que veem na privatização a solução para os problemas de gestão em empresas públicas.

A MAIOR DO PAÍS

Como uma empresa de telecomunicações que cobre todo o território nacional está praticamente quebrada? No mundo, em cobertura por área territorial, ela só fica atrás da RosTelecom, russa. A empresa está presente nos 5.561 municípios brasileiros e conta com 75 milhões de clientes. Um império prestes a ruir.

Os problemas na empresa se aprofundaram com a fusão da então Telemar com a Brasil Telecom (BrT) em 2008. Para obter o controle acionário da BrT, a Oi teve que desembolsar R$ 5,9 bilhões, dinheiro que não tinha em caixa. Ao fazer isso, a companhia assume todas as contingências judiciais (passivos trabalhistas e outras dívidas) da BrT, estimadas e em centenas de milhões de reais. Um tiro no pé.

O resultado desse mega investimento que deveria transformar a Oi numa supertele, a leva a uma superdívida. O custo da aquisição contabilizado no balanço de 2009 foi catastrófico, a dívida líquida da Oi saltou de R$ 11 bilhões para R$ 22,5 bilhões. Em setembro do ano passado, essa dívida estava em R$ 47,8 bilhões.

SALTO PARA DERROCADA

Na tentativa desesperada de sair do buraco em que se meteu, a Oi anuncia em 2013 sua fusão com a Portugal Telecom. Nove meses depois, uma bomba acaba com um negócio que nem chegou a ser concluído, a companhia portuguesa estava envolvida num calote de ? 897 milhões. Essa crise levou a queda do então presidente da companhia, o português Zeinal Bava, executivo de carreira da Portugal Telecom, responsável pela operação financeira que levou ao calote e virou escândalo no mundo dos negócios. Em seis anos a Oi trocou de presidente cinco vezes, o que, por si só, já é suficiente para abalar a saúde financeira de qualquer empresa. Em outubro do ano passado, a empresa fez um corte de pessoal demitindo 500 trabalhadores, 150 destes diretores, gestores, consultores e executivos.

Para o Sindicato, até agora quem está pagando a conta dos sucessivos erros de gestão da Oi são os trabalhadores, 12 mil em todo país. Além de serem sistematicamente cobrados a dar a última gota de sangue para salvar a empresa, não recebem nenhum incentivo. Não há qualquer programa de valorização ou progressão funcional, muito menos reajustes salariais com ganhos reais efetivos que cubram o achatamento salarial acumulado há mais de 10 anos.

O que há dentro da empresa hoje é um clima velado de tensão. Os trabalhadores sabem da crise e temem a qualquer momento mais um corte de pessoal. Isso é péssimo e o Sinttel-PR é enfático ao afirmar que não aceita mais demissões. "Os empregos devem ser preservados" diz o Sindicato. SITE:- RIO E REVISTA ÉPOCA NOTÍCIAS

Reginaldo sintiitel

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